sábado, 5 de junho de 2010

Música e micróbios

Notícia do Spiegel (via Paulo):

06/01/2010
Symphonic Sewage
Waste-Treatment Plant Plays Mozart to Microbes
A sewage plant near Berlin is playing Mozart to its biomass-eating microbes, hoping the sweet sounds will make them work harder. The Austrian composer may save the facility as much as 1,000 euros a month.
(...)
The process was developed by Mundus, a small German firm headquartered in Wiesenburg in northeastern Germany.(...)
The process derives from the company's special stereo systems that are meant to accurately replicate the vibrations and sounds of a concert hall.(...)


Mozart para aumentar a produtividade da compostagem? Olha que ideia tão engraçada! Vou já experimentar, que o processo que comecei há um ano ainda parece longe de estar pronto.
Ah, espera aí, afinal não é bem assim: é preciso uma aparelhagem especial que se aluga por quatrocentos euros por mês. E quanto a estudos científicos, há? Foram feitas comparações entre amostras? Estão publicadas?

Afinal o facilitismo não é só neste país. Aqui o desgoverno finge que vai mandar dinheiro para uma região assolada por uma catástrofe natural, finge que vai dar novas oportunidades de formação profissional e académica, finge que vai controlar o défice. Na Alemanha não é tão grave: há só uns gajos que fingem que as bactérias são melómanas para venderem aparelhagens de som.

Chama-se a isto dar música, julgo eu.

4 comentários:

Paulo disse...

Não sei, não, Gi. Acredito que aqueles micróbios se transformem todos em formiguinhas obreiras e desatem a trabalhar ao ritmo do Rondo. Um despacho.

Gi disse...

Micróbios transformados em formigas, Paulo, nem à força de Mozart, apesar de outro dia alguém ter sintetizado uma célula.

Fernando Vasconcelos disse...

Nunca se sabe Gi, nunca se sabe. A força da música é ... Claro que com Beethoven resultaria certamente melhor (mesmo sem estudos científicos para o comprovar :-)) e só por isso tenho algumas dúvidas. Aliás quem fez o inquérito junto dos ditos micróbios? Sim porquê Mozart? Por outro lado repare-se que se utilizarmos esse método por aqui isso significa que ali na Av. de Ceuta por onde passo regularmente em vez do cheiro poderíamos passar a ter Mozart ...

Gi disse...

Aí está, Fernando, porquê Mozart e não Beethoven? Vê a necessidade de estudos feitos como deve ser? ;-)

Quanto à ETAR da Av. de Ceuta, com mais actividade não poderia o cheiro ficar ainda pior?

(Ainda me lembro bem dela, e também passo por uma de vez em quando, perto de Albufeira)