Sem dúvida, Mário. O que eu queria apontar aqui era que, ao contrário do que já me disseram, a defesa dos direitos dos animais não esquece a defesa dos direitos humanos, e vice-versa.
Claro que este blogue também deve se contra a morte das galinhas nos aviários por decapitação. E as das vacas? Alguém por acaso sabe como é que são mortas as vacas antes de serem bifes? Os porquihos, os perús, são tudo filhos de Deus. Este blogue também deve ser contra a caça. E sobretudo contra a pesca: coitadinhos dos peixinhos a asfixiarem apunhalados pelo anzol. Há desculpem...é que eu sou uma rapariga do campo: não se esqueçam de ser contra os ovos. É que cada vez são maiores por exigência dos consumidores e isso não é nada bom para as coitadas das galinhas, podem crer. Pois eu sou aqui do Ribatejo. Onde existe um animal que se chama toiro, únicamente por um motivo: a lide. Caso contrário já estaria extinto há muito tempo. Também existem cavalos e esporas para os montar. Aí devem ser contra os cavalos também. E as melgas? Dá-se-lhes com o spray ou deixam-se em paz? Eu acho que é melhor deixá-las em paz!
Juliana, há blogs de fumadores e blogs de não fumadores. E blogs de carnívoros e de vegetarianos.
Eu gostaria que os animais que como tivessem vidas felizes e mortes sem sofrimento; sei que não é assim e pensar nisso angustia-me, mas ainda não sou vegetariana.
Quanto às melgas, prefiro matá-las de um golpe em vez de as envenenar, mas uso o que tenho à mão em defesa própria.
Pois eu acho que sim Gi. Acho que devia ser vegetariana. Peixinhos incluídos. Esses eu até respeito. Não comem animais.Também era bom que fosse daquelas religiões que não pisam formigas e não matam melgas, para ser coerente. Agora a hipocrisia das toiradas e da caça é que não. Antes de falar em toiradas, passe pelos matadouros para ver como são feitos os bifes e de onde vem a canja. Os ribatejanos são uma gente esquisita: são torturadores de toiros. Acontece que a minha casa é sitio onde os toiros vivem ao ar livre. Onde os cavalos passeiam na lezíria. Onde os cães nunca viram uma trela. Como será que vivem aí os animais? Imagino que sem tortura nenhuma. É que eu quando passo nas cidades vejo cães de caça em apartamentos. Isso sim, isso é tortura. O seu blog pode ser o que quiser. Como a sua cara: às florzinhas. (acho que de todas as amigas das minhas amigas no facebook é a única que não dá a cara, o que diz muito de uma pessoa. Usar usa é claro, mas dar a cara como toda a gente, isso é que não). Agora o que deve é ser coerente. Muita alface e muitos bróculos é o que lhe desejo. E vá com calma com as cerejas, é que normalmente têm pequenas larvas.
Juliana, estava a tentar explicar-lhe que a coerência é desejável mas que ninguém é perfeito.
A si não peço para ser diferente do que é, nem que mostre a cara ou o seu nome verdadeiro. Mas se não gosta do que se diz neste blog, está à vontade para não frequentar.
Juliana: Até ao início do século XX, manteve-se a prática de castrar jovens para impedir a mudança de voz e garantir cantores de ópera excepcionais por muitos anos. Claro que que houve quem protestasse com o fim desta conduta, apelando aos valores culturais que assim se profanavam, ao desrespeito com que se lidava com a tradição, e talvez alguma Juliana tenha irreverentemente lembrado que há quem coma canários, esses pássaros que cantam tão bem. Mas a humanidade soube abdicar desta exigência artística e nobremente extinguir esta "raça" de ex-homens.
É óbvia a semelhança com o sacrifício dos touros para puro divertimento (ao contrário do teor das suas mensagens, não se trata de matar para comer ou sobreviver), que só peca pelo facto da castração não se fazer em público, com os aplausos a abafarem os gritos de dor. Não estou certa, contudo, que a Juliana a entenda. Precisaria talvez que alguém lhe espetasse umas bandarilhas para saber quanto isso realmente dói, e como é horrível uma morte lenta em sofrimento. Exagero, dirá, mas enfim, quem sabe, talvez assim calasse a ironia quando, daqui a alguns anos, as touradas forem proibidas.
14 comentários:
Apoiado.
Contra a lapidação √
Contra a lide de touros √
e ainda
contra a compra e venda de órgãos humanos
contra a compra e venda de crianças
contra a compra e venda de mulheres (prostituição) e homens (futebol)
e muito mais coisas que a humanidade inventou para sua desgraça.
Sem dúvida, Mário. O que eu queria apontar aqui era que, ao contrário do que já me disseram, a defesa dos direitos dos animais não esquece a defesa dos direitos humanos, e vice-versa.
Claro que este blogue também deve se contra a morte das galinhas nos aviários por decapitação. E as das vacas? Alguém por acaso sabe como é que são mortas as vacas antes de serem bifes? Os porquihos, os perús, são tudo filhos de Deus. Este blogue também deve ser contra a caça. E sobretudo contra a pesca: coitadinhos dos peixinhos a asfixiarem apunhalados pelo anzol.
Há desculpem...é que eu sou uma rapariga do campo: não se esqueçam de ser contra os ovos. É que cada vez são maiores por exigência dos consumidores e isso não é nada bom para as coitadas das galinhas, podem crer.
Pois eu sou aqui do Ribatejo. Onde existe um animal que se chama toiro, únicamente por um motivo: a lide. Caso contrário já estaria extinto há muito tempo. Também existem cavalos e esporas para os montar. Aí devem ser contra os cavalos também. E as melgas? Dá-se-lhes com o spray ou deixam-se em paz? Eu acho que é melhor deixá-las em paz!
Juliana, há blogs de fumadores e blogs de não fumadores. E blogs de carnívoros e de vegetarianos.
Eu gostaria que os animais que como tivessem vidas felizes e mortes sem sofrimento; sei que não é assim e pensar nisso angustia-me, mas ainda não sou vegetariana.
Quanto às melgas, prefiro matá-las de um golpe em vez de as envenenar, mas uso o que tenho à mão em defesa própria.
Juliana,
Eu também sou do Ribatejo mas nem por isso acho que, usando como álibi o perigo da extinção da espécie, se deva continuar a torturar touros.
Pois eu acho que sim Gi. Acho que devia ser vegetariana. Peixinhos incluídos. Esses eu até respeito. Não comem animais.Também era bom que fosse daquelas religiões que não pisam formigas e não matam melgas, para ser coerente. Agora a hipocrisia das toiradas e da caça é que não. Antes de falar em toiradas, passe pelos matadouros para ver como são feitos os bifes e de onde vem a canja.
Os ribatejanos são uma gente esquisita: são torturadores de toiros.
Acontece que a minha casa é sitio onde os toiros vivem ao ar livre. Onde os cavalos passeiam na lezíria. Onde os cães nunca viram uma trela. Como será que vivem aí os animais? Imagino que sem tortura nenhuma.
É que eu quando passo nas cidades vejo cães de caça em apartamentos. Isso sim, isso é tortura.
O seu blog pode ser o que quiser. Como a sua cara: às florzinhas. (acho que de todas as amigas das minhas amigas no facebook é a única que não dá a cara, o que diz muito de uma pessoa. Usar usa é claro, mas dar a cara como toda a gente, isso é que não). Agora o que deve é ser coerente. Muita alface e muitos bróculos é o que lhe desejo. E vá com calma com as cerejas, é que normalmente têm pequenas larvas.
Juliana, estava a tentar explicar-lhe que a coerência é desejável mas que ninguém é perfeito.
A si não peço para ser diferente do que é, nem que mostre a cara ou o seu nome verdadeiro. Mas se não gosta do que se diz neste blog, está à vontade para não frequentar.
Tenha um bom dia.
Apoiado! Eu também! E continuo sem perceber como é possível massacrar animais unicamente pelo gozo.
Pois é, VD, animais e humanos. A mim não dá gozo nenhum.
Juliana: Até ao início do século XX, manteve-se a prática de castrar jovens para impedir a mudança de voz e garantir cantores de ópera excepcionais por muitos anos. Claro que que houve quem protestasse com o fim desta conduta, apelando aos valores culturais que assim se profanavam, ao desrespeito com que se lidava com a tradição, e talvez alguma Juliana tenha irreverentemente lembrado que há quem coma canários, esses pássaros que cantam tão bem. Mas a humanidade soube abdicar desta exigência artística e nobremente extinguir esta "raça" de ex-homens.
É óbvia a semelhança com o sacrifício dos touros para puro divertimento (ao contrário do teor das suas mensagens, não se trata de matar para comer ou sobreviver), que só peca pelo facto da castração não se fazer em público, com os aplausos a abafarem os gritos de dor. Não estou certa, contudo, que a Juliana a entenda. Precisaria talvez que alguém lhe espetasse umas bandarilhas para saber quanto isso realmente dói, e como é horrível uma morte lenta em sofrimento. Exagero, dirá, mas enfim, quem sabe, talvez assim calasse a ironia quando, daqui a alguns anos, as touradas forem proibidas.
Maria, obrigada, essa analogia entre a tourada e a castração dos pequenos cantores parece-me justíssima.
E a propósito, a Catalunha vai deixar de ter touradas. Parabéns aos Catalães.
Obrigada pela informação e pela ligação, Paulo. Fico muito contente, e acho que esta notícia merece um post só para ela :-)
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