Já houve tempo em que votei por ou contra. E tempo em que votei para não prescindir do direito de votar.
Agora nem isso: abstenho-me porque recuso o sistema vigente, em que os eleitos deixaram de representar quem os elegeu.
Agora nem isso: abstenho-me porque recuso o sistema vigente, em que os eleitos deixaram de representar quem os elegeu.
4 comentários:
Concordo consigo, Gi, mas...os nossos iludidos votos do passado é que ajudaram a construir este regime. Não votar é uma tentativa de redenção, também, pelo mal que fizemos. Não?
Mário, não tinha olhado para a questão segundo essa perspectiva.
Também me abstive nesta eleição, Gi. Aliás, tenho muito mais abstenções no meu palmarés do que votos, já que as condições «cumulativas» que me imponho para votar - que o voto seja convicto e que seja útil - não têm ocorrido senão rarissimamente. Neste caso, valeu a absoluta inutilidade da eleição de um presidente que, com as limitações do sistema semi-presidencialista, realmente não aquece, nem arrefece. ;-)
Luísa, também acho o sistema semi-presidencialista uma aberração e o presidente uma inutilidade cara. Fazem muito mais sentido um sistema presidencialista como o dos EUA ou um regime monárquico constitucional em que o rei, independente dos partidos e das campanhas, seja um factor de união nacional.
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