domingo, 10 de abril de 2011

Le Comte Ory

Este sábado na Fundação Gulbenkian houve transmissão directa do Met.

Foi uma delícia. Eu gosto de Rossini, diverte-me, e embora esta não seja uma das suas melhores óperas, tem árias dificílimas, conjuntos complexos, uma orquestração rica e números de vaudeville típicos, que nas mãos (e vozes) certas podem ser um entretenimento fantástico.

Foi o caso: a encenação de Bartlett Sher muito bem conseguida - o trio do segundo acto foi muito mais engraçado do que eu imaginava -, os cantores muito bons, com os três principais (Juan Diego Florez, Diana Damrau e Joyce DiDonato) em grande forma, conjugando com brilhantismo as dificuldades da coloratura com o ritmo da movimentação em palco e uma mímica impecável, os secundários óptimos (o barítono Stéphane Degout com uma belíssima voz aveludada), os figurinos e cenários bonitos, a sincronia sem falhas, a orquestra acompanhando e sublinhando sem nunca abafar.


O único senão: quem é que não lê as provas do programa de sala da Gulbenkian, e deixa passar disparates como Juan Diego Flórez MEZZO-SOPRANO, ou CANTADO EM ITALIANO, COM LEGENDAS EM INGLÊS?

4 comentários:

FanaticoUm disse...

Totalmente de acordo.
Foi um gosto conhecê-la.
Cumprimentos musicais.

Paulo disse...

Foi uma delícia hilariante.
Bravi tutti.

io disse...

Divertidíssimo! E, de facto, aquelas gralhas são mesmo escusadas. E tu estavas particularmente bonita, Gi!

Gi disse...

Obrigada, FanaticoUm, também gostei muito de o conhecer.

Paulo, dizes bem, hilariante.

Oh Io, que gentileza :-)