(...) I like that languages are flexible and ever-evolving (for example, as recently as 1973 Icelandic academics removed the letter Z from the language) and very personal as well. How we tjá okkur (express ourselves) may be guided by the society we live in, but ultimately cannot be absolutely regulated, nor should it be. Inflection, pronunciation, word choice, rhythm, and even grammar use are like the features on a playground, which we can use to our best and most enjoyable and creative expression.
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Maria Alva Roff no blogue Iceland Eyes
Engraçado este post de uma pessoa bem longe de imaginar as discussões que num país no outro extremo da Europa se vão tendo à volta de um denominado Acordo Ortográfico. Claro que a autora não propõe a anarquia na linguagem, o que ela faz é chamar a atenção para as possibilidades criativas e lúdicas de um idioma na expressão individual, que demasiada regulação tenderia a coarctar.
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Maria Alva Roff no blogue Iceland Eyes
Engraçado este post de uma pessoa bem longe de imaginar as discussões que num país no outro extremo da Europa se vão tendo à volta de um denominado Acordo Ortográfico. Claro que a autora não propõe a anarquia na linguagem, o que ela faz é chamar a atenção para as possibilidades criativas e lúdicas de um idioma na expressão individual, que demasiada regulação tenderia a coarctar.
3 comentários:
Bem, não sei se concordo com a srª Roff, mas é evidente que o islandês não tem uma etimologia, uma história e uma literatura tão rica e a defender como a nosso.
Mas sobretudo as reformas devem ser respostas post-facto à evolução da língua falada, e com suficiente distância e amadurecimento; devem ser tudo menos o que o nosso Acordo foi - uma imposição por conveniência de estratégia política, que nada urgia e de que ninguém sentia necessidade em Portugal.
Em relação à senhora Roff, Mário, concordo que a evolução da língua implica novos usos de palavras, de expressões e de gramática, e isso vê-se todos os dias, lembra-se que no nosso tempo uma coisa fantástica era bestial? Os nossos pais passavam-se com isso.
Hoje os mais novos não usam bestial (nem malta, nem sequer porreiro) mas dizem brutal com o mesmo significado. Isso é divertido e interessante. E não me importo nada que atelier entre na língua portuguesa, mas irrita-me de morte a palavra ateliê, que me recuso a usar.
Ou seja: parece-me bem alguma liberdade no uso da linguagem, para que ela possa evoluir, dentro porém de limites de correcção que excluem póssamos, fizes-te e outras alarvidades.
E odeio o furor regulador do aborto ortográfico, em relação a cuja não-necessidade concordo absolutamente consigo.
Grave, grave, é que me esqueço que os livros agora vêm escritos assim, e quando começo a ler um novo só me apetece atirá-lo pela janela.
Mesmo !
(como agora se diz)
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