quarta-feira, 4 de março de 2009

Orlando Villazon

Terá Rolando Villazón encontrado a sua própria voz?
Sempre gostei deste tenor mexicano, mas inicialmente porque tinha um timbre muito semelhante ao de Plácido Domingo - possivelmente forçado e talvez por isso em grande parte responsável pelos problemas vocais que Villazón sofreu nos últimos dois anos.

Numa altura complicada da sua carreira, com falhas na Lucia do Met e cancelamentos para Paris e Baden-Baden (via Opera Chic) parece querer enveredar pela música barroca e o novo disco, Handel, tem lançamento mundial a meados deste mês. Podem ouvir-se excertos aqui, por cortesia da editora, e também alguns clips no Youtube.

A voz está completamente diferente. A emoção continua, o esforço foi-se. Já não soa a Don Plácido. Numa primeira audição, gosto.

4 comentários:

Moura Aveirense disse...

Ai, minha querida Gi, desculpe-me mas eu vou discordar!!

Bem, é melhor que o "Combatimento" de Monteverdi com a Haim... e a "Figlia mia" não me choca terrivelmente... mas (e para mim é mesmo um grande MAS) continuo achar que Villazon é um "erro de casting" para música barroca... a mesma coisa se, por exemplo, Marco Beasley fosse cantar Verdi, simplesmente não combina (eu pessoalmente lhe iria ligar a dizer: "Meu caro Marco, por favor deixa-te disso!" LOL)!!

A música é boa, claro (Handel é Handel!), mas aqueles berros nas partes rápidas, aquele vibrato... que me desculpem os admiradores de Villazón (e concordo que ele é um grande tenor... mas não para este repertório)... eu agora vou tentar adormecer depois de ouvir o "Ombra mai fú", versão Villazón (ui... desculpem, mas não "me entra"... Andreas Scholl, volta, "estás perdoado"! LOL).

Obviamente, gostos não se discutem...

Uma boa noite, Moura Aveirense

Moura Aveirense disse...

P.S. Obrigada à mesma por deixar o link, ainda não sabia que isto ia sair... mas também não vou comprar ;)

Gi disse...

Querida Moura, eu quase sabia que não ia gostar... Mas também sabia que ia gostar de saber :-) (Ui, já pareço a Nogueira Pinto)

Paulo disse...

Gi, cruzes! essa comparação não, ou vomito.

De resto, também não fiquei encantado com o que ouvi. E concordo com a Moura quanto à Figlia mia. Das três faixas que ouvi, foi a que me pareceu mais conseguida.

Tenho muita pena que ele ande com problemas vocais.