O homem é franzino, parece todo cabeça e mãos. E coração. Há-de ter coração também, nota-se, embora recuse os estados de alma de um Chopin choramingas e enjoativo.
O Chopin dele é outro: de ritmos variáveis, exibicionista, brincalhão. Difícil. Às vezes quase impressionista. As mãos não têm a rapidez de outras mais jovens (Berezovsky, por exemplo) mas por isso mesmo evidenciam detalhes que tornam o recital uma experiência de descoberta.
Para quem, como eu, se diverte com estas coisas, é evidente que o tema inicial do Scherzo nº2 op 31 foi repescado por Verdi para a abertura de La Forza del Destino, mas experimentem-se esta e esta versões do Scherzo nº3 op 39 e procure-se o segundo andamento da nona sinfonia de Beethoven. Difícil? Que ideia: ei-la, na mão esquerda a partir do segundo 0:48, conforme demonstra Rubinstein.
Conforme demonstrou ontem claramente Sequeira Costa.
O Chopin dele é outro: de ritmos variáveis, exibicionista, brincalhão. Difícil. Às vezes quase impressionista. As mãos não têm a rapidez de outras mais jovens (Berezovsky, por exemplo) mas por isso mesmo evidenciam detalhes que tornam o recital uma experiência de descoberta.
Para quem, como eu, se diverte com estas coisas, é evidente que o tema inicial do Scherzo nº2 op 31 foi repescado por Verdi para a abertura de La Forza del Destino, mas experimentem-se esta e esta versões do Scherzo nº3 op 39 e procure-se o segundo andamento da nona sinfonia de Beethoven. Difícil? Que ideia: ei-la, na mão esquerda a partir do segundo 0:48, conforme demonstra Rubinstein.
Conforme demonstrou ontem claramente Sequeira Costa.
(Faro, Teatro das Figuras, Outubro 2010)
6 comentários:
Preciso de mais uns dias até poder fazer essas experiências.
Elas esperam por ti :-)
Sim, depois de ouvir umas três vezes (em relação ao Verdi - estava à procura das notas erradas, no sítio errado, no Chopin), cheguei lá. Claríssimo.
O caso Beethoven pareceu-me logo evidente.
P.S. Evidente na mão de Rubinstein.
É por estas e outras que a música clássica se vai ouvindo sempre, por diferentes intérpretes, não achas? porque é tão rica que se vão sempre podendo descobrir coisas novas.
Nesta versão pela Martha Angerich o Beethoven também é evidente.
Sim, mas só depois de ter ouvido pelo Rubinstein é que me apercebi.
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