[Em 1892] No ambiente de alarme financeiro, [o ministro da Fazenda, Oliveira] Martins agravou os impostos, cortou os ordenados dos funcionários (até 20%), deduziu 30% nos juros da dívida pública interna e suspendeu as admissões na função pública. Depois de dois anos de agitação, ninguém protestou, para divertimento de Oliveira Martins: «Isto nem forças tem para se sublevar. O cáustico dos impostos e deduções quase que foi recebido com bênçãos. Somos um povo excelente cujo fundo é a fraqueza bondosa e uma grande passividade.»
Rui Ramos, História de Portugal, Lisboa, 2009, pg 554
Rui Ramos, História de Portugal, Lisboa, 2009, pg 554
1 comentário:
Texto magnífico, à luz do Portugal do séc XXI.
Será povo "excelente" o que tais ministros da Fazenda gera?
"Isto" não tem forças, antes de mais, para formar e escolher ministros de jeito.
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