sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ilusionismo a bordo

Notícia de The Globe and Mail:

Disguised man boarded Air Canada flight
ADRIAN MORROW and JILL MAHONEY
Globe and Mail Update
Published Friday, Nov. 05, 2010 12:17AM EDT
Last updated Friday, Nov. 05, 2010 11:22AM EDT

It wasn't until several hours into the long flight from Hong Kong to Vancouver that Air Canada staff knew they'd been had.
A passenger went into the bathroom elderly and white – his face wrinkled, eyes scrunched nearly shut, only a few wisps of white hair clinging to his otherwise bald scalp – and emerged a fresh-faced, young Asian.
(...)


Não foram divulgados nem os motivos nem os objectivos do passageiro, que pediu o estatuto de refugiado ao chegar ao Canadá, mas mais uma vez se verifica quão ilusórias são as medidas de segurança que actualmente nos fazem perder tempo e paciência nos aeroportos.

11 comentários:

Paulo disse...

As medidas de segurança são muito divertidas. Em Singapura passou uma tesoura de unhas na bagagem de mão de um amigo meu, que foi logo detectada em Amesterdão, onde ficámos retidos todo o tempo que tínhamos até à ligação para Lisboa por transportarmos bocados de corais mortos que tinham dado à costa em Bali. O especialista em corais acabou por chegar e, após rápida inspecção, informou o segurança que podíamos ir à nossa vida. Entretanto já não nos restava tempo útil para mais nada.
Quanto ao disfarce do senhor, é uma prova de que muitas vezes os seguranças nem olham convenientemente para os passaportes.

Gi disse...

Paulo, eu tinha na carteira um conjunto de tesoura, canivete, pinça, etc, numa caixinha do tamanho de um cartão de crédito com pouco mais de espessura, de cuja existência raramente me lembrava, e que viajaram anos comigo. Na Índia fizeram menção de mo apreender, mas arrependeram-se, e agora no Canadá é que foi mesmo :,-(

Paulo disse...

Arrependeram-se?

Gi disse...

Foi: deixaram-me ficar com ele.

Rachelet disse...

Na sequência dos vossos comentários, outro caso que também mete Amesterdão/Schipol ao barulho. Num voo para Israel, compreensivel mas irritantemente, fizeram-me um enorme interrogatório, com algumas perguntas bem pessoais incluídas e fizeram-me entrar no avião mesmo em cima da hora por ter ousado(!) levar um corta-unhas.
No avião da El-Al, qual não é o meu espanto quando vejo que as refeições são servidas com talheres normalíssimos em inox, facas com serrilha e tudo.
Ante isto, pensei no meu pobre corta-unhas e na ameaça de hi-jacking que poderia ter feito com ele «Vamos já aterrar onde eu disser ou eu corto as unhas do piloto até ao sabugo!».

Gi disse...

LOL, Rachelet. Eu também acho que só um McGyver é que conseguiria fazer estragos com as minhas ferramentas.

(Paulo, quem se arrependeu foram os indianos, os canadianos apreenderam mesmo as ditas ferramentas)

Paulo disse...

(Isso eu entendi, Gi. Só ficara intrigado em relação ao motivo pelo qual se teriam arrependido os indianos).

Gi disse...

Paulo, penso que acharam, com razão, que eu não tenho cara de McGyver ;-)

Catarina disse...

Interessante essas vossas peripécias nos aeroportos. Então essa falha na segurança da Air Canada dá que pensar. Creio que foi no ano passado que não me deixaram passar um tubo de creme de 150 ml que nem sequer estava a meio. Via-se nitidamente que não tinha 150 ml de creme... mas como era isso que a embalagem indicava, não o deixaram passar... E assim anda a segurança pelos aeroportos!

Goldfish disse...

O que me lixa mesmo é quando me obrigam a tirar os sapatos e atravessar o detector descalça. Odeio, mesmo que venha com meias, acho uma porcaria desgraçada. Mas o melhor foi que desta última vez, em Schipol, obrigaram-me a passar com a Luna ao colo, não encostada a mim, mas pendurada no ar, eu de braços esticados para a frente com toda a força para aguentar com ela e ela de patas esticadas do pânico. Cão-bomba, está mesmo a ver-se.

Gi disse...

Catarina, eu pergunto-me sempre que espécie de creme ou gel fará estragos se for 120 ml mas não se for só 100. Talvez o Google saiba, hei-de perguntar.

Goldfish, eu também odeio essa cena de tirar os sapatos. Quanto pesa a Luna? Não deve ter sido nada confortável essa passagem.