Lê-se o discurso que o Senhor Dom Duarte fez ontem no Jantar dos Conjurados - também em video no YouTube ou em resumo aqui - e encontra-se ali bom senso, serenidade, e valores e sugestões importantes para Portugal e para os portugueses.
Depois lê-se nos jornais que o mesmo Dom Duarte pretende obter a nacionalidade timorense por ter com Timor relações profundas, e pergunta-se onde está o bom senso. É verdade que Dom Duarte sempre foi amigo e defensor do povo timorense, mas pedir a nacionalidade?
Este homem não é um português qualquer imigrado noutro país, que sentindo-se integrado tanto como (ou mais que) em Portugal pede a nacionalidade respectiva. Não é sequer um artista que, acarinhado igualmente noutro país, pede também a dupla nacionalidade. É o pretendente a Rei de Portugal.
Pode o pretendente a Rei de Portugal amar outro país a ponto de desejar uma segunda nacionalidade?
Não terá o compromisso do Rei com o seu povo de ser total e inequívoco? Se para ele Timor e Portugal valem o mesmo, isso quer dizer que está preparado para ser Rei de um como de outro? Ou nem de um nem de outro?
Como se pode ser Rei de um país e simples cidadão de outro?
Depois lê-se nos jornais que o mesmo Dom Duarte pretende obter a nacionalidade timorense por ter com Timor relações profundas, e pergunta-se onde está o bom senso. É verdade que Dom Duarte sempre foi amigo e defensor do povo timorense, mas pedir a nacionalidade?
Este homem não é um português qualquer imigrado noutro país, que sentindo-se integrado tanto como (ou mais que) em Portugal pede a nacionalidade respectiva. Não é sequer um artista que, acarinhado igualmente noutro país, pede também a dupla nacionalidade. É o pretendente a Rei de Portugal.
Pode o pretendente a Rei de Portugal amar outro país a ponto de desejar uma segunda nacionalidade?
Não terá o compromisso do Rei com o seu povo de ser total e inequívoco? Se para ele Timor e Portugal valem o mesmo, isso quer dizer que está preparado para ser Rei de um como de outro? Ou nem de um nem de outro?
Como se pode ser Rei de um país e simples cidadão de outro?
7 comentários:
Confesso que não suporto a personagem.
Vais perdoar-me a preguiça de ir ouvir / ler o que disse o senhor e dizer-me se ele falou ou não em pedir a nacionalidade timorense, certo? É que eu desconfio sempre do que se diz nos jornais mas realmente, se o fez, é algo muito estranho para quem tem a pretenção de ser rei.
Moura, eu simpatizo com ele, mas acho esta atitude, se verdadeira, uma idiotice.
Goldfish, o discurso é sobre a situação portuguesa e a necessidade de mudar de vida tomando opções mais sustentáveis. O pedido da nacionalidade timorense aparece àparte, em jornais como o DN e o CM, e a página oficial no Facebook transcreve a notícia do CM, por isso eu pus lá as minhas interrogações, a ver se alguém me responde em vez de se limitarem a dar vivas ao rei.
Ok, então pode (deve) ser tanga. Estou mais descansada (pelo menos enquanto semelhante coisa não for confirmada), porque apesar de achar que nunca será rei, sempre é mais confortante ter um pretendente que é só português - olha se aparece um "Napoleão" e o rei resolve instalar a capital em Dili?!?
É mesmo verdade, Goldfish, confirmado pelo próprio em entrevista televisiva que está aqui.
Parece-me que o que ele quer é uma espécie de cidadania honorária, já que diz que se outras ex-colónias lhe concedessem as respectivas nacionalidades teria uma grande alegria.
De qualquer maneira, as autoridades timorenses devem ter achado a coisa tão estranha como nós, visto que ainda estão a estudar o assunto...
Se calhar, Dom Duarte já não tem esperanças de se ver coroado neste jardim à beira-mar plantado. Mas em Timor, com a confusão que lá está, quiçá… ;-D
Luísa, se calhar arma-se em D. Pedro IV, faz-se rei em Timor e entroniza um dos filhos aqui ;-) Mas ele descende de D. Miguel, fica complicado.
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