Mas não só de Louvre vive o homem (ou a mulher, no caso), e como não encontrei Vermeer em Paris fui procurá-lo à Holanda.
Na Mauritshuis em Haia há três quadros dele, entre os quais o maravilhoso Rapariga do Brinco de Pérola. No Rijksmuseum em Amsterdam há quatro. Alguns deles estiveram em Washington três anos atrás.
Adoro Vermeer pela composição, pela luz, pelo detalhe mas sobretudo pelas áreas coloridas. Por outro lado o que me maravilha em Rembrandt é o modo como usa uma ou duas pinceladas mínimas de branco para obter brilho e tridimensionalidade.
Rembrandt pontifica tanto no Rijksmuseum como na Mauritshuis, mas a peregrinação também me levou à Rembrandthuis, a casa que habitou e que foi restaurada e mobilada com base no inventário feito quando foi declarado insolvente.
No meio de toda esta azáfama, não deixei de visitar em Haia o museu Escher e de me perder nos labirintos e nas espirais impossíveis dos seus desenhos, e em Amsterdam o Van Gogh, que há tantos anos foi o meu primeiro encontro com um museu moderno, claro e aberto.
A beleza no mundo é o que me dá felicidade, e isso inclui a beleza criada por mentes e mãos humanas. Os nossos dirigentes, atrapalhados com o betão, o desemprego, os hedge funds e os défices comerciais, tendem a considerar a cultura supérflua. Ainda agora o governador do estado de Kansas cancelou todos os subsídios estaduais para as artes. E no entanto parece-me que não é pelos pepinos que valemos, nem pelos carros, nem sequer pelas praias ou pela cerveja, mas que aquilo que nos faz únicos e admiráveis é a arte que criámos ao longo de milénios.
Na Mauritshuis em Haia há três quadros dele, entre os quais o maravilhoso Rapariga do Brinco de Pérola. No Rijksmuseum em Amsterdam há quatro. Alguns deles estiveram em Washington três anos atrás.
Adoro Vermeer pela composição, pela luz, pelo detalhe mas sobretudo pelas áreas coloridas. Por outro lado o que me maravilha em Rembrandt é o modo como usa uma ou duas pinceladas mínimas de branco para obter brilho e tridimensionalidade.
Rembrandt pontifica tanto no Rijksmuseum como na Mauritshuis, mas a peregrinação também me levou à Rembrandthuis, a casa que habitou e que foi restaurada e mobilada com base no inventário feito quando foi declarado insolvente.
(Amsterdam, Maio 2011)
No meio de toda esta azáfama, não deixei de visitar em Haia o museu Escher e de me perder nos labirintos e nas espirais impossíveis dos seus desenhos, e em Amsterdam o Van Gogh, que há tantos anos foi o meu primeiro encontro com um museu moderno, claro e aberto.
A beleza no mundo é o que me dá felicidade, e isso inclui a beleza criada por mentes e mãos humanas. Os nossos dirigentes, atrapalhados com o betão, o desemprego, os hedge funds e os défices comerciais, tendem a considerar a cultura supérflua. Ainda agora o governador do estado de Kansas cancelou todos os subsídios estaduais para as artes. E no entanto parece-me que não é pelos pepinos que valemos, nem pelos carros, nem sequer pelas praias ou pela cerveja, mas que aquilo que nos faz únicos e admiráveis é a arte que criámos ao longo de milénios.
8 comentários:
Linda postagem, Gi! Também acho que o que vale a pena é a arte e o pensamento que faz de nós pessoas únicas. Não conheço ainda os museus holandeses, mas um dia chego lá!
Eu adoro Vermeer! Difícil dizer qual o quadro que gosto mais mas o “Milkmaid” é absolutamente extraordinário. A minuciosidade dos seus quadros leva-me a pensar no ser extraterrestre com poderes mágicos! : ) Tenho lido muito sobre ele e até já pensei que um dia iria ver mais quadros dele precisamente na Holanda - o Louvre apenas tem 2 ou 3 que vi no ano passado.
Abraço
Em breve veremos o que vai acontecer por cá.
Uma voltinha em cheio por essa Amsterdão que nos preenche tanto.
Ludmila, deste lado temos um provérbio: grão a grão enche a galinha o papo :-)
Catarina, em vez de paciência de chinês era a paciência de flamengo :-)
Paulo, até tremo :-(
Mfc, curta mas cheia :-)
Se a internet tem encantos, esse é um deles, podermos disfrutar da arte ao alcance de um teclado. Obrigada pelos links Gi.
Esse provérbio herdamos de vocês, ele é bem usual por aqui :-)
George Sand, é bem verdade, a arte e a cultura imediatamente acessíveis... No entanto, e felizmente, ao vivo é outra coisa :-)
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