A propósito deste post de Miguel G Reis do blog Heart of Saturday Night, sobre a relação do cientista com a possibilidade da existência de Deus, lembrei-me de uns versos de Lucrécio que me apetece transcrever:
omnis enim per se divom natura necessest
inmortali aevo summa cum pace fruatur
semota ab nostris rebus seiunctaque longe;
nam privata dolore omni, privata periclis,
ipsa suis pollens opibus, nihil indiga nostri,
nec bene promeritis capitur neque tangitur ira.
os deuses devem, pela sua natureza,
por toda a eternidade deleitar-se com a paz,
afastados dos nossos assuntos,
realmente imunes à dor, imunes ao perigo,
fortes dos seus próprios recursos, sem necessidade de nós,
intocados pelas nossas oferendas ou pela nossa ira.
(T. Lucretius Carus, De Rerum Natura, Liber II, 646-651)
2 comentários:
Ola Gi
As palavras sao muito bonitas, mas como ateu, a pergunta imediata que faria seria: para quê então os deuses. A resposta, para mim, esta na citação de S. Paulo que a Xantipa colocou no postal dela.
Abraço
Miguel
É por isso mesmo que os deuses não interessam nada, se considerarmos que não lhes interessamos a eles...
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