Este post d'O Mundo Perfeito ecoa muito do que eu sinto em relação à Cirurgia Estética actual: que tem vindo a perder o norte.
Não faltam indicações para se fazerem correcções estéticas, mas hoje intervem-se sobre o que não precisa de correcção a não ser na cabeça das pacientes.
Quando eu tinha dezanove anos descobri, nos balneários de uma escola de férias, a diversidade da beleza: que as raparigas, mais gordas ou mais magras, de mama redonda ou ponteaguda, nariz comprido ou arrebitado, loiras ou morenas, eram todas bonitas - ou, mais que bonitas, eram normais sem obedecerem a uma norma.
A globalização e o marketing transformaram esse conceito: hoje todas as mulheres sentem que têm que conformar-se a um mesmo padrão de beleza (americano) desde as proporções faciais ao tom de pele, à cor dos olhos, ao comprimento das madeixas, à mama 36B, ao rabo pequeno, à anca estreita. E à idade: na casa dos vinte, seja de que maneira for.
Por isso acorrem aos consultórios, a querer diminuir mamas e barrigas, alterar nádegas e a forma das pernas, apagar rugas, aumentar lábios, e vêem-se ao espelho de aumentar, comparam-se com as fotos alteradas pelo Photoshop da Julia Roberts ou da Cinha Jardim, e dizem que não se despem à frente do marido, que não vão à praia, que não estudam ou não trabalham, porque aquilo que julgam ver é diferente daquilo que julgam que deviam ver.
Não faltam indicações para se fazerem correcções estéticas, mas hoje intervem-se sobre o que não precisa de correcção a não ser na cabeça das pacientes.
Quando eu tinha dezanove anos descobri, nos balneários de uma escola de férias, a diversidade da beleza: que as raparigas, mais gordas ou mais magras, de mama redonda ou ponteaguda, nariz comprido ou arrebitado, loiras ou morenas, eram todas bonitas - ou, mais que bonitas, eram normais sem obedecerem a uma norma.
A globalização e o marketing transformaram esse conceito: hoje todas as mulheres sentem que têm que conformar-se a um mesmo padrão de beleza (americano) desde as proporções faciais ao tom de pele, à cor dos olhos, ao comprimento das madeixas, à mama 36B, ao rabo pequeno, à anca estreita. E à idade: na casa dos vinte, seja de que maneira for.
Por isso acorrem aos consultórios, a querer diminuir mamas e barrigas, alterar nádegas e a forma das pernas, apagar rugas, aumentar lábios, e vêem-se ao espelho de aumentar, comparam-se com as fotos alteradas pelo Photoshop da Julia Roberts ou da Cinha Jardim, e dizem que não se despem à frente do marido, que não vão à praia, que não estudam ou não trabalham, porque aquilo que julgam ver é diferente daquilo que julgam que deviam ver.
3 comentários:
Sim, é isto. Tenho muita pena que comprem um ideal de beleza artificial. Ainda não acabei de escrever aquele poste. A ver se consigo.
Eu sou absolutamente a favor da cirurgia estética e reconstrutiva quando bem usada. É uma benção poder reduzir umas mamas demasiado grandes que causam problemas de coluna ou um nariz torto que causa realmente problemas de auto-estima. Sei lá, há imensas situações em que a cirurgia plástica é mesmo uma benção para os pacientes.
Concordo, Isabela. Ainda bem que se podem corrigir tantas coisas. O problema é quando as pessoas perdem a noção da realidade.
Bem visto...
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