quinta-feira, 31 de julho de 2008

A las ocho de la tarde

Notícia do Público, com eco em tudo quanto é rádio, jornal, e mesmo blog:

Comunicação marcada para as 20h poderá referir-se à situação geral do país
Cavaco Silva interrompe as férias para falar hoje à noite ao país pela televisão

31.07.2008 - 07h51 São José Almeida
A decisão é inédita no mandato de Cavaco Silva: o Presidente da República vai hoje falar ao país, pelas 20h, através de uma comunicação oficial feita a partir de Belém a ser transmitida pelas televisões.
O motivo da comunicação não foi ontem assumido, mas um assessor do Presidente garantiu ao PÚBLICO que só uma razão verdadeiramente importante levaria o Presidente a interromper as suas férias e, sobretudo, a usar a televisão para falar ao país.


Com o devido respeito, se eu não tivesse outros compromissos, sabem onde estaria a las ocho en punto de la tarde? Na praia, meus queridos, na praia.

LA COGIDA Y LA MUERTE

A las cinco de la tarde.
Eran las cinco en punto de la tarde.
Un niño trajo la blanca sábana
a las cinco de la tarde.
Una espuerta de cal ya prevenida
a las cinco de la tarde.
Lo demás era muerte y sólo muerte
a las cinco de la tarde.

El viento se llevó los algodones
a las cinco de la tarde.
Y el óxido sembró cristal y níquel
a las cinco de la tarde.
Ya luchan la paloma y el leopardo
a las cinco de la tarde.
Y un muslo con un asta desolada
a las cinco de la tarde.
Comenzaron los sones de bordón
a las cinco de la tarde.
Las campanas de arsénico y el humo
a las cinco de la tarde.
En las esquinas grupos de silencio
a las cinco de la tarde.
¡Y el toro solo corazón arriba!
a las cinco de la tarde.
Cuando el sudor de nieve fue llegando
a las cinco de la tarde
cuando la plaza se cubrió de yodo
a las cinco de la tarde,
la muerte puso huevos en la herida
a las cinco de la tarde.
A las cinco de la tarde.
A las cinco en punto de la tarde.

Un ataúd con ruedas es la cama
a las cinco de la tarde.
Huesos y flautas suenan en su oído
a las cinco de la tarde.
El toro ya mugía por su frente
a las cinco de la tarde.
El cuarto se irisaba de agonía
a las cinco de la tarde.
A lo lejos ya viene la gangrena
a las cinco de la tarde.
Trompa de lirio por las verdes ingles
a las cinco de la tarde.
Las heridas quemaban como soles
a las cinco de la tarde,
y el gentío rompía las ventanas
a las cinco de la tarde.
A las cinco de la tarde.
¡Ay, qué terribles cinco de la tarde!
¡Eran las cinco en todos los relojes!
¡Eran las cinco en sombra de la tarde!

Federico García Lorca (1898 – 1936)

3 comentários:

Moura Aveirense disse...

Depois de ver o telejornal fica a sensação que "a montanha pariu um rato"...

Joao Quaresma disse...

Por aí podem ir à praia. Aqui não dá. Eu gostaria de ter ouvido Cavaco a dizer: «Não se pode continuar com um Verão da treta como este, que não dá para se aguentar na praia além das 5, e com noites frias em que é preciso vestir alguma coisa mais quente. Não vejo outra alternativa que não demitir o governo.»

Gi disse...

Moura, os últimos parágrafos deste post no blog Blasfémias chama a atenção para o tipo de rato que foi parido... Julgo, porém, que a maioria dos portugueses não quer saber dos detalhes das autonomias. Se calhar, nem os açorianos!

JQ, tenho a certeza que se o Verão estivesse de sonho o sr. José Sousa já tinha vindo dizer que era graças à acção do seu (des)governo ;-)