quinta-feira, 10 de julho de 2008

Perchance to dream

Os meus sonhos têm padrões. Neles as casas representam outras casas, isto é, não são nunca as casas que eu conheço, não são abrigos mas sim lugares inquietantes, desconhecidos, muitas vezes labirínticos.
Podem até ser mais bonitos: lembro-me de ter sonhado um local de trabalho em pavilhões claros rodeados de jardins bem tratados. Outras vezes são prédios de muitos andares com elevadores e escadarias sinistras com comunicações estranhas. Ou casas antigas e escuras, cheias de móveis pesados e cortinados espessos.

O que faço nos sonhos pode ter ou não relação com a realidade. Muitas vezes é trabalho: acontece-me fazer a sonhar aquilo que está programado fazer no dia seguinte, acordada. Não necessariamente da mesma maneira.




(Catedral, St. Andrews, Escócia, Junho 2005)


E tenho sonhos circulares e repetitivos, cenas imperfeitamente representadas e repetidas, como takes em filmes, até satisfazerem o director - presumivelmente eu - o que na maioria dos casos não acontece.

Acordo em geral com uma sensação de insatisfação e cansaço, quando não de angústia. Dormir deveria descansar-me, mas não é assim.

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