Talvez seja altura de explicar o título deste blog.
No mundo mediterrânico antigo, a vida fazia-se predominantemente ao ar livre. Os filósofos ensinavam em parques ou pórticos, e diz a tradição que Epicuro ensinava no jardim da sua própria casa, tendo ficado conhecido como o filósofo do Jardim (como Platão era da Academia, ou Aristóteles do Liceu).
No fim da república Romana, possivelmente a época mais interessante da antiguidade clássica, a filosofia de Epicuro florescia. Os Romanos cultos libertavam-se do medo dos deuses, do medo da morte e do medo do sofrimento, aprendendo que o sentido da vida era a procura do prazer*. Enquanto os seus detractores, entre os quais Cícero, os denegriam reduzindo-os a um bando de amigos de boa farra, havia homens muito influentes que eram epicuristas e levavam a teoria a sério: entre eles Lúcio Calpúrnio Pisão Cesonino, consul em 58, censor em 50, sogro de Júlio César, que se tornou patrono e anfitrião de Filodemo de Gadara, filósofo e divulgador de Epicuro.
Na magnífica casa de Pisão em Herculano, conhecida hoje como Villa dos Papiros (ver filme aqui), Filodemo viveu, escreveu e fez escola, influenciando entre outros os poetas Horácio e Virgílio.
É a esta escola que chamo Jardim de Filodemo; com esse nome criei um grupo num site onde durante alguns anos discuti intensamente história antiga. O grupo teve altos e baixos, mais baixos que altos, e quando a certa altura comecei a desligar-me do site em geral (por o seu rumo se ir afastando da história antiga) e criei este blog, resolvi dar-lhe o mesmo nome.
No mundo mediterrânico antigo, a vida fazia-se predominantemente ao ar livre. Os filósofos ensinavam em parques ou pórticos, e diz a tradição que Epicuro ensinava no jardim da sua própria casa, tendo ficado conhecido como o filósofo do Jardim (como Platão era da Academia, ou Aristóteles do Liceu).
No fim da república Romana, possivelmente a época mais interessante da antiguidade clássica, a filosofia de Epicuro florescia. Os Romanos cultos libertavam-se do medo dos deuses, do medo da morte e do medo do sofrimento, aprendendo que o sentido da vida era a procura do prazer*. Enquanto os seus detractores, entre os quais Cícero, os denegriam reduzindo-os a um bando de amigos de boa farra, havia homens muito influentes que eram epicuristas e levavam a teoria a sério: entre eles Lúcio Calpúrnio Pisão Cesonino, consul em 58, censor em 50, sogro de Júlio César, que se tornou patrono e anfitrião de Filodemo de Gadara, filósofo e divulgador de Epicuro.
Na magnífica casa de Pisão em Herculano, conhecida hoje como Villa dos Papiros (ver filme aqui), Filodemo viveu, escreveu e fez escola, influenciando entre outros os poetas Horácio e Virgílio.
É a esta escola que chamo Jardim de Filodemo; com esse nome criei um grupo num site onde durante alguns anos discuti intensamente história antiga. O grupo teve altos e baixos, mais baixos que altos, e quando a certa altura comecei a desligar-me do site em geral (por o seu rumo se ir afastando da história antiga) e criei este blog, resolvi dar-lhe o mesmo nome.
(Vesúvio e baía de Nápoles, Junho 2003)
*Princípio aparentemente adoptado na Declaração de Independência americana, que reclama entre os direitos inalienáveis dos homens a Vida, a Liberdade e a procura da Felicidade.
3 comentários:
E que este seja feito apenas de momentos altos.
Beijinho.
ainda bem que o fizeste, a história do nome do blog é mm muito interessante. para uma leiga nessas matérias como eu, cnseguiste esclarecer-me mt bem.
Bjs
Obrigada a ambas :-)
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