segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Depois do amor

A Io pergunta:

Para onde vai o amor, depois do amor acabar?

Fez-me lembrar de um pequeno poema que escrevi há muitos anos:

Eu creio que o amor é sempiterno
e amei, depois de ti, sempre a ti mesmo:
o sol do meu Verão, em sóis de Inverno.

28.02.92


Mais recentemente, depois da morte de cada um dos meus cães, fiquei ainda mais com a impressão de que há uma dose certa de amor que não se esgota com a perda extemporânea de um ente amado, mas deve ser usada na sua totalidade - se for caso disso, sendo transferida para outro objecto de amor semelhante.

2 comentários:

io disse...

Singelo e belo poema, Gi. Posso colocá-lo no A&OD? Gostava tanto ... É uma belíssima primeira resposta para uma sempiterna dúvida que acho que se me colocou justamente pela palheta do SG e que acho que se calhar me apetece desenvolver. Na verdade, creio bem que é como diz: a bem dizer ele não se acaba; pura e simplesmente, transfere-se ...

Gi disse...

Pode transcrevê-lo, Io, fico contente por gostar dele :-)