quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A crise e os animais

Diante das dificuldades económicas, muitos estrangeiros que vivem no Algarve estão a regressar aos seus países e não levam os animais que aqui adoptaram.

Não consigo entender as razões desta atitude: afinal parece que não são só os mouros quem abandona os animais quando a vida se complica. O certo é que cães e gatos estão a sofrer com esta crise para a qual não contribuíram minimamente.

(Praia da Galé, Dezembro 2006)

2 comentários:

Goldfish disse...

Parece que estamos sintonizadas - vim aqui fazer um link pois copiei a expressão "povo de mouros para os animais" para o aquário. E deparo-me com isto. Eu não acredito que até os estrangeiros andam a abandonar os animais. Eu conheci tantos holandeses que adoptaram animais abandonados cá e em Espanha e os levaram! Não sendo desculpa, vejo uma justificação: sei que a lei inglesa obriga qualquer animal que entre no país a uma quarentena de 6 meses, horrível, mas também sei que há formas de contornar isso, nomeadamente conseguir uma declaração de um veterinário em como essa quarentena foi feita cá. E a maioria dos estrangeiros no Algarve ainda são ingleses, certo?

Gi disse...

Goldfish, a lei inglesa já oferece uma alternativa à quarentena: depois de vacinado contra a raiva, num prazo estipulado, o animal tem de ser submetido a uma análise de sangue para verificar se criou anticorpos suficientes contra a doença. Se assim tiver acontecido, pode entrar em Inglaterra sem precisar de quarentena, e se daí em diante for sempre vacinado dentro do prazo de validade da vacina, o resultado dessa análise continua válido.

Isto também funciona para outros países como a Suécia ou a Noruega, mas é preciso cuidado porque os prazos são diferentes, e o meu Jr foi sequestrado o ano passado no aeroporto de Oslo.

Este site tem informações bastante correctas sobre as burocracias necessárias para viajar com animais.

De qualquer maneira, se eu fosse viver para um país qualquer que exigisse quarentena levava o meu cão - só não o levaria se fosse para umas férias que não justificassem o período de quarentena.