Se a voz dos castrati combinava o timbre das crianças com a potência e a maturidade dos adultos, a voz da maioria dos contra-tenores actuais não tem nada a ver, por muito bonita e interessante que seja. E muitas vezes é.
Destaca-se Philippe Jaroussky, cuja voz tem a pureza virginal da de uma criança. Como mais uma vez se provou, ao vivo, ontem ao fim da tarde na Fundação Gulbenkian, um recital para ver o qual pedi férias, que isto de ir a Lisboa durante a semana é complicado (Ha! Take that, Riccardo Muti!)
E foi bom, foi muito bom: Jaroussky, que se saiu muito bem nas árias de bravura, encantou nas árias mais lentas, que lhe dão tempo para modelar as frases, ornamentar e resolver. A orquestra Apollo's Fire que o acompanhou fez justiça ao nome e brilhou sobretudo nos concertos de Vivaldi - que a isso se presta - deixando-me vontade de saber mais a seu respeito.
O público aplaudiu sem reservas e foi brindado com três belíssimos encores (Alto Giove, Venti, turbini e um requintado Ombra mai fù).
Depois do espectáculo, os artistas saíram por entre o público e Jaroussky assinou autógrafos, recebeu pelo menos um presente, da senhora que estava à minha frente na fila, e revelou-se um doce de rapaz.
Destaca-se Philippe Jaroussky, cuja voz tem a pureza virginal da de uma criança. Como mais uma vez se provou, ao vivo, ontem ao fim da tarde na Fundação Gulbenkian, um recital para ver o qual pedi férias, que isto de ir a Lisboa durante a semana é complicado (Ha! Take that, Riccardo Muti!)
E foi bom, foi muito bom: Jaroussky, que se saiu muito bem nas árias de bravura, encantou nas árias mais lentas, que lhe dão tempo para modelar as frases, ornamentar e resolver. A orquestra Apollo's Fire que o acompanhou fez justiça ao nome e brilhou sobretudo nos concertos de Vivaldi - que a isso se presta - deixando-me vontade de saber mais a seu respeito.
O público aplaudiu sem reservas e foi brindado com três belíssimos encores (Alto Giove, Venti, turbini e um requintado Ombra mai fù).
Depois do espectáculo, os artistas saíram por entre o público e Jaroussky assinou autógrafos, recebeu pelo menos um presente, da senhora que estava à minha frente na fila, e revelou-se um doce de rapaz.
(Lisboa, Novembro 2011)
5 comentários:
Também gostei muito. Foi um pitéu para os amantes do barroco. Vivaldo e Häendel interpretados ao mais alto nível.
Posso dizer quais foram os momentos de que mais gostei? Então digo:
o Concerto Grosso (uma verdadeira maluqueira) e este belíssimo "Alto Giove".
E o rapaz simpatizou contigo :)
Ahhhh, que gato! ;) Tenho mesmo pena de não ter assistido, mas só se fosse por tele-transporte (acabo as minhas aulas na segunda feira às 18h... :S).
FanaticoUm, foi assim mesmo.
Paulo, também foram os meus momentos preferidos. Quanto à simpatia, não me iludo, ele foi assim com toda a gente :-)
Moura, é o que eu digo, a Gulbenkian só pensa nos lisboetas.
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