O Estado dá-me cabo da cabeça e da bolsa e o estado das ruas de Lisboa deu-me cabo dos pés. O Bairro Alto ao sábado de manhã é... diferente, com as funcionárias da Câmara a varrer os milhares de copos de plástico que o pessoal da noite bebeu na sexta-feira e atirou para o chão (a rua na foto tem poucos bares).
Grande parte daqueles prédios não tem obras há décadas, e provavelmente senhorios e inquilinos reagiram de maneira diferente à nova lei do arrendamento de que se falou no princípio do ano.
Princípio? Ainda mal passou uma semana e já se fala em mais austeridade e desvios orçamentais...
Grande parte daqueles prédios não tem obras há décadas, e provavelmente senhorios e inquilinos reagiram de maneira diferente à nova lei do arrendamento de que se falou no princípio do ano.
Princípio? Ainda mal passou uma semana e já se fala em mais austeridade e desvios orçamentais...
(Lisboa, Janeiro 2012)
14 comentários:
Amores delicados.
Tem toda a razão, os copos no chão no Bairro Alto, para além da imagem de porcaria e descuido, recordam-nos que ainda temos um caminho longo a percorrer. Ainda não percebemos que os espaços públicos também são a nossa casa!
O facto é que há quem ache que o BA deve ser assim, que assim é que tem encanto e está bem (só falta dizer que assim é que cheira bem..)
Nem posso imaginar andar de saltos altos naquela calçada!
Paulo, ?
FanaticoUm, talvez sejam assim as casas de certas pessoas...
JQ, calculo...
Catarina, ali só mesmo rasos. Caso contrário, é aterrar num sítio e não sair de lá.
Lembrei-me do fado de Carlos do Carmo, à falta de melhor comentário.
Paulo, não conheço, vou procurar.
Afinal conhecia, está aqui, mas sempre julguei que a letra fosse Bairro Alto aos seus amores tão *dedicado*...
No fundo é uma marcha e reza assim:
Bairro Alto aos seus amores tão dedicado
Quis um dia dar nas vistas
E saiu com os trovadores mais o fado
Pr'a fazer suas conquistas
ou assim:
Bairro Alto com seus amores tão delicados
Certa noite deu nas vistas
E saiu com os trovadores mais o fado
Pr’a fazer suas conquistas
Parece que os fadistas foram alterando a letra original.
Interessante. A versão dedicado faz mais sentido se considerarmos a rima, não achas? Mas amores delicados é uma expressão engraçada, faz-me pensar em veludos e cambraias, luvas de pelica, sombrinhas de renda, bengalas, vénias e beija-mão.
Pela rima terá de ser dedicado. Mas a versão dos amores delicados, bastante popular e suponho que nunca cantada por Carlos do Carmo, tem outra graça.
Estes tipos do Governo são incorrigíveis!
Não têm mesmo imaginação...
Sempre a falarem no mesmo e a sacarem aquem já não tem direito para a broa!
Mas, no estertor, os moribundos não fazem barulho.
São nacionalistas... não incomodam!
Mfc, eu receio que tenham demasiada imaginação: as coisas que inventam! Até tremo.
Um triste cartão de visita...pena, o bairro alto, tem os seus encantos
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