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Em boa hora? Se calhar não. O arquitecto Gonçalo Byrne explica o seu conceito:
(...) trabalhar o conjunto do Estoril-Sol Residence como uma espécie de grande escultura urbana à escala da topografia do vale. É um todo edificado que assume claramente a diferença entre a cota do mar e a cota alta do Vale, e que é modelado com movimento e aberturas suficientemente grandes para se interpenetrarem com aquela superfície verde do Parque, que se pode ver desde Cascais, desde o mar, como aumenta. Procurei terminar com a ideia de tampão, de torre. Regenerando o tecido da Falésia, o projecto tem quase mais uma dimensão paisagística, geográfica, que arquitectural. Dialogar com esta grande unidade entre a Falésia, o Vale e a Natureza, articulando-a como uma Escultura frente ao mar foi o desafio que encarei.
O resultado é este:
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Dá vontade de chorar. Ou de enforcar o arquitecto que concebeu este horror e o autarca que autorizou a construção.
2 comentários:
Tanto paleio para depois o resultado ser esse ! Sou muito suspeito para dizer isto, mas os arquitectos hoje em dia são é filósofos e a maior parte deles não tem a mínima sensibilidade para o enquadramento dos espaços no ambiente e têm um sentido prático quase nulo !
Tem razão, last frontier, e muitos artistas contemporâneos são iguais: muitas teorias, muitos conceitos, mas a prática não vale nada.
Por isso da arte hoje não se "gosta", tem de ser "compreendida". Só que depois de se "compreender" continua-se a não "gostar" ;-)
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