quinta-feira, 4 de março de 2010

A Grécia à venda

Notícia do i:

Alemães sugerem que Grécia deve vender as ilhas para pagar a dívida
por Sara Sanz Pinto, Publicado em 04 de Março de 2010 | Actualizado há 3 horas
Dois políticos alemães de direita defenderam hoje que a Grécia deverá colocar à venda
terra, edifícios históricos e obras de arte para reduzir a défice.(...)
“Aqueles que se encontram em processo de insolvência têm de vender tudo o que têm para pagar aos seus credores”, argumentou Josef Schlarmann, membro do partido de Angela Merkel. “A Grécia tem edifícios, empresas e ilhas não habitadas, que podiam ser usadas para amortizar a dívida”, disse.
(...)


Eu sou modesta: ofereço-me para comprar uma das ilhas desabitadas, desde que tenha uma fonte de água doce. Mas primeiro vou ali entregar o boletim do euromilhões.

17 comentários:

vieira calado disse...

Eu digo é que é preciso é ter lata

para fazer semelhante proposta.

Saudações algarvias.

Gi disse...

Sem dúvida, Vieira Calado, ter lata ou ser tonto, se for para levar a sério.
Obrigada pela visita. Lagos é aqui já ao lado :-)

Goldfish disse...

Eu também comprava uma! Mas cá para mim os srs. alemães já têm é todos ideia de as comprar eles (idiotas!).

Paulo disse...

Neste momento estou muito mais descansado. Temos as Desertas, as Selvagens, as Formigas, as Berlengas, o Pessegueiro, a Pedra do Guilhim, não havemos de morrer à míngua.

Gi disse...

Goldfish, os alemães têm mais dinheiro e hão-de comprar as maiores (o sr. Schlarmann quer Corfù), talvez sobrem as mais pequeninas para nós.

Paulo, tens razão, e aqui na Ria Formosa também há a Ilha da Culatra, a de Armona, a da Fuseta (que estão a limpar), e mais umas ilhotas que ainda hão-de render uns patacos.
(Qual é a Pedra do Guilhim?)

Paulo disse...

As ilhas da Ria Formosa também hão-de render alguma coisa, sim, se não forem engolidas antes pela subida do nível do mar, quais Maldivas.

A Pedra do Guilhim é um rochedo à beira do promontório da Nazaré.

Mário R. Gonçalves disse...

Mas discordo totalmente ! Devíamos vender é uns bons terrenos com moradia apalaçada, uns ali pela Estrela e outros em Belém...esses é que nos são de pouca utilidade...

Gi disse...

Oh Mário, essas casinhas são bem bonitas, os ocupantes é que as desfiguram :-(

Joao Quaresma disse...

Como lembrava Oscar Wilde, a terra é um bem finito, pelo que não se desvaloriza.

Sejamos mais razoáveis: em vez pensarmos em vender ilhas e património imobiliário, por que é que não regressamos à boa e velha escravatura e saldamos a dívida com pessoas que podemos dispensar? Assim de repente ocorrem-me umas dúzias. Os alemães certamente que encontrarão utilidade para elas, até porque já têm experiência em lidar com este tipo de questão.

Joao Quaresma disse...

Um leitor do Portugal contemporâneo teve uma ideia para uma operação de especulação financeira: comprar os Espanhois pelo preço que eles valem e vender de seguida pelo preço que eles pensam que valem.

Gi disse...

JQ, ambas as ideias me parecem boas. Por outro lado, como os hedge funds estão na moda, corremos o risco de alguém nos comprar para vender quando valermos ainda menos.

Helena Araújo disse...

Quando chegar a vez do P de PIGS, o melhor seria vender logo a Madeira...

Primeiro: já está cheia de alemães, não se ia notar muito a diferença.
Segundo: os alemães são óptimos a fazer planeamento urbanístico e a fazer respeitar os planos.
Terceiro: fazem boas estradas.
Quarto: além do dinheiro que entrava, deixava de haver contribuições do continente para a ilha.

(ai que me desgracei!)

Joao Quaresma disse...

Eu proponho um linchamento, mais do que um mero desgraçamento.

Gi disse...

Helena, a Madeira, apesar de tudo, é demasiado bonita para nos desfazermos dela. E diz o Alberto João que os túneis são mais úteis que as estradas.

JQ, neste blog não se lincha ninguém. Ficamos pelo desgraçamento, está bem? :-)

Gi disse...

Pvnam, na Madeira julgo que a demografia ainda é a favor dos autóctones. Já no Algarve não tenho a certeza, mas não sei se haverá uma comunidade com maioria clara.

Helena Araújo disse...

Gi,
obrigada pela magnanimidade! ;-)

Este post estava a pedir essa piadinha, e eu não resisti.

Depois de a escrever fiquei a pensar se se pode brincar com isso. E se se pode, com este tipo de graças, cimentar o mal-estar que há em relação à Madeira.

Joao Quaresma disse...

E assim conseguiu pensar e fazer uma graça. Carpe diem.