Difícil como é escapar-me para Lisboa a meio da semana, fui na terça-feira à Gulbenkian ouver as Variações Goldberg tocadas em cravo por Andreas Staier.
Gosto de cravo e adoro as Variações Goldberg, que só conhecia realmente em piano; em cravo ouvi-as nos últimos dias graças à Antena2, em gravação do próprio Staier.
Ao vivo percebem-se mais coisas, como o grau de virtuosismo exigido, como as trocas de mãos, ou como o facto de o cravo não ser de todo um instrumento básico, permitindo os seus diferentes registos obter diferentes sons, às vezes quase uma guitarra. Dei por bem empregue a viagem, apesar de o instrumento e a obra ficarem talvez mais valorizados num ambiente mais pequeno, e certamente num ambiente sem tosses. Muito tosse o público português! Já Angela Hewitt se queixou quando cá esteve.
Também houve quem dormisse, mas isso neste caso é até uma medida do seu sucesso, se for verdade que as Variações foram compostas como remédio para as insónias do conde de Keyserling.
Gosto de cravo e adoro as Variações Goldberg, que só conhecia realmente em piano; em cravo ouvi-as nos últimos dias graças à Antena2, em gravação do próprio Staier.
Ao vivo percebem-se mais coisas, como o grau de virtuosismo exigido, como as trocas de mãos, ou como o facto de o cravo não ser de todo um instrumento básico, permitindo os seus diferentes registos obter diferentes sons, às vezes quase uma guitarra. Dei por bem empregue a viagem, apesar de o instrumento e a obra ficarem talvez mais valorizados num ambiente mais pequeno, e certamente num ambiente sem tosses. Muito tosse o público português! Já Angela Hewitt se queixou quando cá esteve.
Também houve quem dormisse, mas isso neste caso é até uma medida do seu sucesso, se for verdade que as Variações foram compostas como remédio para as insónias do conde de Keyserling.
4 comentários:
O Crítico criticou.
Parece-me que muito público português nesse género de espectáculo está ali porque é fino, porque fica bem ou porque é obrigado pelo consorte (aka, pela mulher). O resultado óbvio é o aborrecimento, com gente a dormitar, a tossir, a remexer-se permanentemente na cadeira, etc.. Pelo que diz no link de Angela Hewitt a solução é alguém reclamar alto e bom som.
P.S. - se funciona para as insónias vou procurar no youtube - e da próxima experimentarei... :D
Paulo, o Crítico assestou as armas contra a Gulbenkian? E em inglês? Curiosíssimo.
Goldfish, a mim as Variações dão-me sossego. Experimente.
É. O Crítico agora critica em estrangeiro, e já são uns três tiros de seguida contra a Gulbenkian.
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