A visita guiada à Catedral foi adiada em troca de um calcorrear das estreitas ruas a aprender as grandes casas senhoriais, os conventos onde ainda hoje se cumpre a clausura, e os templos reclamados para a cristandade e que antes eram mesquitas ou sinagogas.
Há, como é hábito nas cidades com história milenar, materiais reutilizados, alguns sem explicação que não o capricho do decorador, outros acompanhados de lendas, como a antiga estátua romana transformada no hombre de piedra castigado por ofender o santíssimo recusando ajoelhar à passagem da procissão.
Há, também, lugares feios, estragados e descaracterizados, como a alameda de Hercules, onde ainda assim se vai para gozar o primeiro dia de sol enquanto um copo de tinto con blanca acompanha um paté de cabrales ou um de cabracho, que só nos nomes se assemelham.
.jpg)
(Sevilha, Março 2010)
.jpg)
3 comentários:
Queremos esses patés explicados com minúcia.
Foste ao Palacio de Lebrija?
Com minúcia não sei, Paulo, mas os cabrales são queijos azuis do norte de Espanha, enquanto o cabracho é um peixe rosado, que julgo chamar-se em português rascaço.
Não fui ao Palácio de Lebrija, mas já percebi que foram aí parar muitas coisas encontradas em Itálica, por isso há-de ser numa próxima visita.
Imagina que estás a entrar numa villa verdadeira. É quase essa a sensação.
Enviar um comentário