sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Amigos?

Notícia do Diário de Notícias:

Trinta e um anos de existência
Assinalar em Lisboa a Revolução Islâmica
Hoje
Recepção num hotel de Lisboa serviu para o diplomata iraniano dar a conhecer o seu país a uma série de "amigos"
A Sala Mediterrâneo, num hotel de Lisboa, foi o local escolhido pelo embaixador Rasool Mohajer, e esposa, para receber os convidados que, com o diplomata, assinalaram o Dia Nacional da República Islâmica do Irão, criada há 31 anos pelo ayatollah Ruhollah Khomeini.
O "encontro de amigos", como foi classificado por um dos presentes, decorreu num ambiente calmo e descontraído, onde as conversas fluíam com naturalidade. (...)


Devo dizer que acho isto um bocado estranho. Já ontem me fez confusão ler na revista do ACP uma proposta de viagem organizada ao Irão, país que eu aliás adoraria conhecer, numa altura em que os Estados Unidos propõem um aumento das sanções ocidentais contra o regime de Teerão e este enfrenta com dureza a oposição.

De facto custa-me a acreditar que a República Islâmica tenha amigos, mas enfim, será um caso de amigos do meu amigo meus amigos são...

6 comentários:

Mário R. Gonçalves disse...

A palavra "amigos" atravessa um mau momento. São os amigos do Irão. São os amigos do Vara, os amigos do Oliveira, os jornalistas amigos, houve o "ami" Mitterand, etc...

Pelo sim pelo não, vou acabar com os "amigos" e ter só pessoas de quem gosto.

Gi disse...

Será, Mário, que a amizade volta a ter o valor da amicitia dos Romanos, que era uma associação de interesses? sendo a familiaritas muito mais próxima da nossa amizade?

Carlos Pires disse...

Eis um possível convidado desse "encontro de amigos": o nosso PM.
Se José Sócrates é "amigo" de Chavez e este é "amigo" de Ahmadinejad, porque é que Sócrates não poderia ser também "amigo" de Ahmadinejad? Não é preciso conhecer escutas telefónicas para saber que tem muitos "amigos" e amigos pouco recomendáveis.

Gi disse...

Deve ser uma coisa assim, Carlos.

Ou então foi uma espécie de Facebook, em que a palavra amigo pode querer dizer vagamente sei quem é.

Joao Quaresma disse...

A questão é que não só não nos interessa estar mal com o Irão como podemos servir de mediadores entre o Irão e outros.

Já em 2007 não houve comemorações dos 500 anos de relações diplomáticas luso-persas (como eles queriam) para não desagradar aos EUA. Ao menos que hajam alguns eventos diplomáticos com os nossos fieis fornecedores de petróleo e antigos compradores das nossas armas.

Gi disse...

JQ, comemorar os 500 anos de relações luso-persas faria muito mais sentido aos meus olhos.