A breve visita a Sevilha em Novembro passado tinha-me deixado vontade de regressar, e o J.A., que está novamente a morar na cidade, desafiou-me a assistir ao Miserere de Hilarión Eslava que tradicionalmente se canta na Catedral a abrir os festejos da Semana Santa.
Não sendo uma obra-prima, é uma peça curiosa e muito agradável de ouvir: escrita em 1835 especialmente para a Catedral, onde Eslava era maestro de capilla, e revista dois anos depois, tem ecos de Rossini e Donizetti.
A acústica da Catedral é maravilhosa, sem qualquer ressonância mesmo no lugar onde eu estava, e a arquitectura gótica, o enorme retábulo barroco, os gigantescos tubos dos órgãos, a assistência bem vestida e civilizada*, criaram uma experiência memorável.
*O concerto foi interrompido entre dois andamentos para que uma mãe saísse com o bebé que não aguentou calado...
Não sendo uma obra-prima, é uma peça curiosa e muito agradável de ouvir: escrita em 1835 especialmente para a Catedral, onde Eslava era maestro de capilla, e revista dois anos depois, tem ecos de Rossini e Donizetti.
(Sevilla, Novembro 2008)
Gostei da voz do contratenor Flavio Oliver; o tenor Jorge de Léon, cuja larga experiência em zarzuelas transparece, contemplou o público com o dó de peito esperado; as duas crianças desafinaram mas lá se recompuseram; o barítono Federico Gallar, o Coro de la asociación de amigos del Teatro de la Maestranza e a Real Orquesta Sinfónica de Sevilla sob a direcção de Pedro Halffter estiveram muito bem.A acústica da Catedral é maravilhosa, sem qualquer ressonância mesmo no lugar onde eu estava, e a arquitectura gótica, o enorme retábulo barroco, os gigantescos tubos dos órgãos, a assistência bem vestida e civilizada*, criaram uma experiência memorável.
*O concerto foi interrompido entre dois andamentos para que uma mãe saísse com o bebé que não aguentou calado...
2 comentários:
Não conhecia este compositor. Obrigado, Gi.
Nice write up:
-phillip
Iphone Cocoa Objective C
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